segunda-feira, 30 de maio de 2011

Wonderful Speech

Que discurso lindo!! Vale a pena ver e refletir. Comentem!!!!
Obrigado pela visita!!!
Hilton

sexta-feira, 27 de maio de 2011

British and American English

Mais uma dica aí pessoal!!! Eu li e acho que vale a pena dar uma lida!

hugs for all

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ACCENTS

O que acharam do site sobre sotaques??
Eu gostei muitooooo...
abraços

domingo, 22 de maio de 2011

Sotaques de inglês

No site http://accent.gmu.edu/browse_language.php, da George Mason University, há arquivos de áudio com centenas de pessoas, de diversos países e regiões, lendo o mesmo parágrafo em inglês. Veja a variedade de sotaques!

sábado, 21 de maio de 2011

Processo de aquisição da língua

LANGUAGE ACQUISITION  -  LANGUAGE LEARNING


ASSIMILAÇÃO NATURAL - ESTUDO FORMAL 


Ricardo Schütz   
Atualizado em 22 de abril de 2010

"El proceso de adquisición de la segunda lengua se considera un proceso de aprendizaje de vida ..." (Anna. I. Escalante, St Thomas University, Houston TX 05/1997)
"Acquisition requires meaningful interaction in the target language - natural communication - in which speakers are concerned not with the form of their utterances but with the messages they are conveying and understanding." (Stephen Krashen)
A expressão "aprendizado de línguas" abrange dois conceitos claramente distintos, porém raramente compreendidos. Um deles é o de receber informações a respeito da língua, transformá-las em conhecimento através de esforço intelectual e acumular este conhecimento pelo exercício da memória. O outro refere-se ao desenvolvimento da habilidade funcional de interagir com estrangeiros, entendendo e falando sua língua. O primeiro conceito é denominado em inglês de language learning, enquanto que para o segundo, usa-se o termo language acquisition, sendo que um não é decorrência natural do outro como demonstramos a seguir.A distinção entre acquisition learning é uma das hipóteses (a mais importante) estabelecidas pelo norte-americanoStephen Krashen em sua respeitada teoria sobre aprendizado de línguas estrangeiras.
LANGUAGE ACQUISITION (ASSIMILAÇÃO)
Language acquisition refere-se ao processo de assimilação natural, intuitivo, subconsciente, fruto de interação em situações reais de convívio humano, em que o aprendiz participa como sujeito ativo. É semelhante ao processo de assimilação da língua materna pelas crianças; processo este que produz habilidade prático-funcional sobre a língua falada e não conhecimento teórico; desenvolve familiaridade com a característica fonética da língua, sua estruturação e seu vocabulário; é responsável pelo entendimento oral, pela capacidade de comunicação criativa, e pela identificação de valores culturais. Ensino e aprendizado são vistos como atividades que ocorrem num plano pessoal-psicológico. Uma abordagem inspirada em acquisition valoriza o ato comunicativo e desenvolve a autoconfiança do aprendiz.
Exemplo clássico de language acquisition são os adolescentes e jovens adultos que residem no exterior durante um ano através de programas de intercâmbio cultural, atingindo um grau de fluência na língua estrangeira próximo ao da língua materna, porém, na maioria dos casos, sem nenhum conhecimento a respeito do idioma. Não têm sequer noções de fonologia, nem sabem o que é perfect tense, verbos modais, ou phrasal verbs embora saibam usá-los intuitivamente.
LANGUAGE LEARNING (ESTUDO FORMAL)
O conceito de language learning está ligado à abordagem tradicional ao ensino de línguas, assim como é ainda hoje geralmente praticada nas escolas de ensino médio. A atenção volta-se à língua na sua forma escrita e o objetivo é o entendimento pelo aluno da estrutura e das regras do idioma através de esforço intelectual e de sua capacidade dedutivo-lógica. A forma tem importância igual ou maior do que a comunicação. Ensino e aprendizado são vistos como atividades num plano técnico-didático delimitado por conteúdo. Ensina-se a teoria na ausência da prática. Valoriza-se o correto e reprime-se o incorreto. Há pouco lugar para espontaneidade. O professor assume o papel de autoridade no assunto e a participação do aluno é predominantemente passiva. No caso do inglês ensina-se por exemplo o funcionamento dos modos interrogativo e negativo, verbos irregulares, modais, etc. O aluno aprende a construir frases no perfect tense, mas dificilmente saberá quando usá-lo.
É um processo progressivo e cumulativo, normalmente atrelado a um plano didático predeterminado, que inclui memorização de vocabulário e tem por objetivo proporcionar conhecimento metalinguístico. Ou seja, transmite ao aluno conhecimento a respeito da língua estrangeira, de seu funcionamento e de sua estrutura gramatical com suas irregularidades, de seus contrastes em relação à língua materna, conhecimento este que espera-se venha a se transformar na habilidade prática de entender e falar essa língua. Este esforço de acumular conhecimento torna-se frustrante na razão direta da falta de familiaridade com a língua.
Exemplo clássico de language learning são os inúmeros graduados em letras, já habilitados porém ainda com extrema dificuldade em se comunicarem na língua que teoricamente poderiam ensinar.
INTERRELAÇÃO ENTRE ACQUISITION LEARNING E IMPLICAÇÕES
O claro entendimento das diferenças entre acquisition e learning possibilita investigar as suas interrelações bem como suas implicações no ensino de línguas.
Em primeiro lugar, devemos considerar que línguas, em geral, são fenômenos complexos, arbitrários, irregulares, repletos de ambiguidades, em constante evolução aleatória e incontrolável. Portanto, a estrutura gramatical de uma língua pode ser demasiadamente complexa e abstrata para ser categorizada e definida por regras.
Mesmo que algum conhecimento parcial do funcionamento da língua seja alcançado, o mesmo não se transforma em habilidade comunicativa. O que ocorre na verdade é uma dependência predominantemente contrária: compreender o funcionamento do idioma como um sistema e conhecer suas irregularidades, depende de familiaridade com o mesmo. Tanto regras como exceções só farão sentido e encontrarão ressonância quando já tivermos desenvolvido um certo controle intuitivo sobre o idioma na sua forma oral; só quando já o tivermos assimilado.
Krashen admite, por outro lado, que o conhecimento obtido através do estudo formal (language learning) pode servir para monitorar a fala. Krashen, entretanto, não especifica a língua que seria o objeto de estudo, mas é de se supor que estava se referindo e baseando suas inferências e conclusões no ensino de espanhol, cujo estudo e ocorrência como língua estrangeira predomina sobre outras línguas nos EUA e especialmente no estado da Califórnia, onde o Prof. Krashen reside e trabalha.
Torna-se portanto necessário investigar os graus de irregularidade e dificuldade da língua-alvo e como estes afetam a aplicabilidade da teoria de Krashen.
O GRAU DE IRREGULARIDADE DA LÍNGUA E A EFICÁCIA DE ACQUISITION: É evidente que a eficácia da função de monitoramento da fala (proporcionado pelo conhecimento gramatical) é diretamente proporcional ao grau de regularidade encontrado na língua objeto de estudo. Isto porque, havendo regularidade, poderemos estabelecer regras que serão úteis para o aprendiz produzir e monitorar sua linguagem. Por outro lado, quanto menor a regularidade, tanto menor o número de regras e a utilidade das mesmas, e mais limitada a possibilidade de monitoramento.
É notório o alto grau de regularidade de uma língua como o espanhol, principalmente sua quase perfeita correlação entre ortografia e pronúncia, quando comparado ao inglês. Portanto, ao interpretarmos a teoria de Krashen, podemos logicamente deduzir que suas conclusões em relação à superioridade de acquisition sobre learning seriam mais enfáticas se seu objeto de estudo e análise tivesse sido o inglês como língua estrangeira ao invés do espanhol.
O GRAU DE SINALIZAÇÃO FONÉTICA DA LÍNGUA E A INEFICÁCIA DE LEARNING: É também fácil de se avaliar ograu de sinalização fonética das línguas e entender a importância que esse aspecto tem. Se analisarmos e compararmos o espanhol e o português com o inglês, observaremos uma grande diferença, sendo o inglês extremamente mais econômico e compacto do que as línguas latinas. Isto significa uma dificuldade superior de se alcançar proficiência oral na língua-alvo partindo do português ou do espanhol para o inglês, do que no sentido contrário. Significa também que mais tempo deve ser dedicado à prática oral e menos tempo desperdiçado com textos e estruturas gramaticais.
ACENTUAÇÃO TÔNICA: Some-se a isso a imprevisibilidade de acentuação tônica das palavras em inglês e a ausência de qualquer indicação ortográfica quanto ao acento tônico e teremos elementos mais do que suficientes para demonstrar que, na nossa realidade brasileira, os argumentos de Krashen adquirem força redobrada.
São muitos os aspectos que contrastam entre inglês e espanhol e demonstram um grau superior de irregularidade e dificuldade do inglês. O fato é que mesmo em se tratando de uma língua-alvo com um grau maior de regularidade como o espanhol, o monitoramento proporcionado por learning só será eficaz e duradouro se o aluno-aprendiz estiver desenvolvendo, em paralelo, sua familiaridade e sua habilidade com a língua em ambientes próprios.
PRIMEIRA IMPLICAÇÃO: A IDADE DO APRENDIZ E A EFICÁCIA DE ACQUISITION x LEARNING
A maioria dos estudos existentes, bem como as experiências de quem observa e acompanha o aprendizado de línguas estrangeiras, evidenciam que quanto menor a idade, mais fácil, mais rápido e mais completo será o aprendizado. Assim como a idade é um fator determinante no aprendizado de uma forma geral, ela também é um fator determinante no grau de eficácia de acquisition e learning. Desconsiderando fatores pessoais como personalidade, motivação, acuidade auditiva, e tomando como amostra o aprendiz normal, poderíamos afirmar que quanto menor a idade, maior a eficácia de acquisition. Learning, por sua vez, parece se mostrar apenas parcialmente eficaz na faixa etária de maturidade intelectual, como procuramos demonstrar no gráfico abaixo.
SEGUNDA IMPLICAÇÃO: INTROVERSÃO x EXTROVERSÃO NO APRENDIZADO DE LÍNGUAS
O efeito do conhecimento gramatical sobre a performance linguística da pessoa dependerá muito da característica de personalidade de cada um.
Pessoas que tendem à introversão, à falta de autoconfiança ou ao perfeccionismo, pouco se beneficiarão de um conhecimento da estrutura da língua e de suas irregularidades. O efeito pode até ser adverso, no caso de uma língua com alto grau de irregularidade como o inglês. Com pouco ou nenhum contato com a língua falada e depois de anos de inglês inspirado em learning no ensino médio e em alguns cursos livres, onde desvios naturais de linguagem são classificados como "erros" e prontamente corrigidos e reprimidos, o aluno adquire consciência da alta probabilidade de se cometer erros com a língua. Para aqueles que por sua natureza são inseguros, isto representa um bloqueio que compromete a espontaneidade.
Por outro lado, pessoas que tendem à extroversão, a falar muito, de forma espontânea e improvisada, também pouco se beneficiarão de learning, uma vez que a função de monitoramento é quase inoperante, está submetida a uma personalidade intempestiva que se manifesta sem maior cautela. Os únicos que se beneficiam de learning, são as pessoas cujas características de personalidade se situam num ponto intermediário entre a introversão e a extroversão, e que conseguem aplicar a função de monitoramento de forma moderada e eficaz. Mesmo assim, este monitoramento só funcionará se ocorrerem 3 condições simultaneamente:
  • Preocupação com a forma: que a pessoa concentre atenção não apenas no ato da comunicação, no conteúdo da mensagem, mas também e principalmente na forma.
  • Existência e conhecimento da regra: que haja uma regra que se aplique ao caso, e que a pessoa tenha conhecimento desta regra e possíveis exceções.
  • Tempo suficiente: que a pessoa disponha de tempo suficiente para avaliar as alternativas com base nas regras incidentes.
O gráfico abaixo ilustra a relação entre as características de personalidade e o efeito de learning.

TERCEIRA IMPLICAÇÃO: INSTRUTOR NATIVO x NÃO-NATIVO
Uma vez que programas de ensino baseados em language learning trabalham predominantemente com a língua na sua forma escrita, seguindo um plano didático e tendo como objetivo primeiro transmitir informações e conhecimento,professores não-nativos com sua experiência de "já terem percorrido o mesmo caminho", em geral, levam vantagem sobre os nativos.
Já em language acquisition, não há propriamente um professor, há, isto sim, interação humana entre pessoas, na qual um funciona como agente facilitador e através da qual o outro (aprendiz) escolhe seu próprio caminho construindo sua habilidade na direção de seus interesses pessoais ou profissionais. Ao invés de um plano didático, programas delanguage acquisition oferecem experiências de convívio. Aqui, a presença de representantes autênticos da língua e da cultura que se busca assimilar é fundamental. Instrutores nativos, portanto, levam larga vantagem numa abordagem comunicativa, inspirada pelo conceito de language acquisition.
CONCLUSÃO
Krashen finalmente conclui que language acquisition é mais eficaz do que language learning para se alcançar habilidade funcional na língua estrangeira, não apenas na infância. Conclui-se também que o ensino de línguas eficiente não é aquele atrelado a um pacote didático predeterminado nem aquele que utiliza recursos tecnológicos, mas sim aquele que é personalizado, em ambiente bicultural, e que explora as habilidades pessoais do facilitador em construir relacionamentos, criando situações de comunicação real voltadas às áreas de interesse do aluno.